terça-feira, janeiro 17, 2006

Claramente tem k que se mudar o ensino em Portugal

Ontem, estava por casa sem muito para fazer e de repente dei por mim a ver um programa na RTP, precisamente prós e contras, um programa interessante mas às vezes algo maçador.
Onde falavam do ensino e dos jovens em Portugal, ouvi atentamente e formalizei uma opnião, pois é verdade que Portugal é dos países com menor taxa de licenseados ao nível da Europa, mas, contraditoriamente, continua a ter um índice de desemprego elevado dos recém-licenseados. Continua-se a pensar que o ensino superior é coisa de doutores e que a sociedade não anda para a frente com eles. Nada mais errado. O desenvolvimento de qualquer sociedade faz-se com a qualificação das pessoas, de todas as pessoas, e por isso rejeitamos liminarmente a ideia de que o direito de todos nós ao conhecimento seja premiado no fim com o desemprego. Numa sociedade cada vez mais tecnológica (para alguns), tecnocrata, betonizada e materialista, é natural que sejam os cursos de gestão e engenharias a ter maiores saídas profissionais, se bem que mesmo aqui, todos sabemos as condições de trabalho miseráveis (contratos a prazo, etc.) a que se sujeitam os recém-licenseados. Perante isto, os sucessivos governos apresentam-nos como solução o desinvestimento ou o encerramento dos cursos que não encaixam à medida nesta lógica de sociedade, em vez de intervir construtivamente para mudar essa lógica. Ou seja, através da aposta no desenvolvimento cultural, científico e artístico a par do desenvolvimento económico e tecnológico, para que os cifrões e o betão não nos tirem a poesia, a arte e o conhecimento.

1 Comments:

At 6:08 da tarde, Blogger Meio Limão said...

liminarmente?...

 

Enviar um comentário

<< Home