A MADEIRA É UM JARDIM OU UM CANTEIRO ONDE FLORESCEM ORDINÁRIOS?

Estava a ver hoje o telejornal e reparei na noticia em que o PSD da Madeira prepara-se para acabar com as comemorações da revolução dos cravos. Nada de anormal nem de surpreendente! Faz algum sentido ver figuras como Alberto João e Jaime Ramos, comemorando a data da implantação da democracia e da liberdade quando a atitude de ambos é mais ou menos o oposto do que o que a data representa?No actual contexto, comemorar o 25 de Abril na Madeira é mais ou menos como comemorar o dia da mulher no Afeganistão ou no Irão!De facto, é de lamentar o que se passa no ilhéu da Madeira três décadas depois de se ter conquistado a democracia.
Sendo de todos bem conhecido o espírito truculento e rebelde de Alberto João Jardim, ao qual eu pessoalmente não acho grande piada, eis que a Madeira nos presenteia com outro figurão, Jaime Ramos, mais ordinário ainda, e revelando-se a cada dia que passa como um sujeito sem o mínimo de formação e de cultura democratica, incapaz de coabitar com quem pensar de maneira diferente da sua, não se coibindo até de insultar e de ameaçar fisicamente em plena Assembleia Legislativa, todos aqueles que não sendo da sua cor política, obviamente discordam dos seus pontos de vista.Este ano, o xôr Ramos apresentou um requerimento à Assembleia Legislativa no sentido de não se comemorar a revolução dos cravos, alegando que "não é oportuno".
No ano que passou, Alberto João já tinha admitido o fim das comemorações argumentando com a "falta de nível" das intervenções da oposição, chamando de "cagada" à cerimónia.
Também no ano passado, Coito Pita, deputado do PSD, ao tomar da palavra, atirou ao chão em tom provocatório, um cravo vermelho que tinha sido deixado na tribuna pelo deputado socialista que o antecedeu no uso da palavra.O tom provocatório chegou a ser tal, que até os deputados do CDS se juntaram aos do PS e da CDU entoando a "Grândola Vila Morena" em sinal de protesto.

Para quando um 25 de Abril na Madeira?(Mas sem cravos!)